Título original: The Desert Fox: The Story of Rommel
Direção: Henry Hathaway
Elenco: James Mason, Desmond Young, Leo G. Carroll, Jessica Tandy
País: Estados Unidos
Ano: 1951
Duração: 88 minutos
Língua: Inglês
Nota IMDb: 7,1
Cores: Preto e branco
Trailer
**********************
A História de Erwin Rommel
Considerado um dos mais brilhantes estrategistas da história militar da Alemanha (talvez do mundo), Erwin Rommel era também um homem de bom senso, um patriota e um cavalheiro. Pelo menos é isso que mostra o filme Raposa do Deserto, que narra um trecho da vida dessa ilustre figura da história mundial.
O filme começa com uma apresentação do personagem que será o narrador: o Tenente Coronel Desmond Young, que na vida real foi o autor da biografia de Rommel, que foi adaptada como roteiro por Nunnaly Johnson. Logo de início, há uma surpresa desagradável para os desavisados: o filme é em inglês. Isso é um fator que soma pontos negativos, pois sempre surgem aquelas cenas em que alemães e britânicos se encontram e trocam palavras como se não houvesse uma língua e uma cultura entre eles.
Afora esse detalhe, no todo o filme é muito bom. Além de retratar a postura nobre e a capacidade estratégica da “Raposa do Deserto”, concentra-se naquela que talvez tenha sido a mais decisiva campanha de sua vida: o plano para matar Hitler. A história desse plano e suas conseqüências já foram contadas em vários filmes, entre eles um batizado em português de Operação Valquíria, longa alemão (muito bem) produzido para a TV em 2004, cujo nome original é Stauffenberg, numa alusão ao nome do oficial que plantou a bomba na casamata de Hitler. Essa fita com certeza é a base do novo Operação Valquíria, com Tom Cruise.
Mas, voltando para Raposa do Deserto, ele explora o conflito ideológico enfrentado pelo marechal-de-campo alemão: cumprir seu dever de soldado e enfrentar a destruição ou pensar no bem da Alemanha como um todo e envolver-se numa traição. A história é muito bem contada ao estilo dos anos 1950, costurando imagens novas e registros reais da guerra no deserto norte-africano. Como na maioria dos filmes antigos, algumas montagens são constrangedoras e algumas atuações também (veja-se o Hitler). No elenco, há atores do nível de Jessica Tandy (Tomates Verdes Fritos, Cocoon e Conduzindo Miss Daisy) e vale também notar a presença do biógrafo Desmond Young como ele mesmo.
Mas James Mason (1909–1984) rouba a cena e empresta ao papel principal uma dignidade impressionante, fazendo o público praticamente esquecer que está vendo um ator britânico, e não alemão, na tela. Mason, aliás, estrelou clássicos como Lolita, Cyrano de Begerac e Madame Bovary. Em 1953, aceitou repetir o papel de Rommel no ótimo Ratos do Deserto, que conta a história das tropas australianas que demonstraram grande bravura contra os alemães no Cerco de Tobruk, na Líbia, em 1941. Mas essa já é outra história do marechal-de-campo Erwin Johannes Eugen Rommel.
Heber Costa
*****************************
Bravo e destemido
No jogo de xadrez das campanhas de guerra, sempre os melhores homens conseguem sobressair: alguns pela sua perspicácia, outros pela sua coragem, muitos pela lealdade e companheirismo, porém poucos conseguem reunir todos esses pré-requisitos e, quando conseguem, marcam o sue nome na história das grandes batalhas. Um deles sem dúvida é Erwin Johannes Eugen Rommel.
Temido pelos seus adversários e venerado pelos seus comandados Rommel tornou a campanha no norte da África — durante a Segunda Guerra Mundial — em um campo de extrema estratégia e de uma disputa até hoje jamais vista. Armado com uma astúcia invejável e um senso de ataque que causava invídia, o marechal-de-campo levou o Afrika Korps a ser conhecido mundialmente. Apesar de toda a sua competência, a campanha no norte da África acabou não sendo vitoriosa. Inúmeros foram os motivos que levaram a tal fato — desde a falta de apoio logístico até a escassez de combatentes —, e isso fez com que Rommel voltasse para a Europa a pedido de Hitler para coordenar as defesas na França, Holanda, Bélgica e Dinamarca contra uma possível invasão aliada.
Um dos melhores relatos sobre a trajetória de Rommel é o filme Raposa do Deserto, titulo que faz alusão ao apelido que o major recebeu durante a campanha da África. O filme traz um relato marcante sobra a sua vida militar, abordando os problemas durante a campanha do Afrika Korps, passando pela conspiração contra o Führer, e chegando à sua morte — vale lembrar que após ser ferido na invasão da Normandia, Rommel foi hospitalizado e ali mesmo recebeu a noticia de que deveria decidir se iria ser julgado e provavelmente condenado junto com seus familiares ou optaria por ingerir veneno para suicidar-se, a opção escolhida foi a segunda.
Sem dúvida alguma naquele momento o mundo perderia uma das mais celebres mentes da guerra moderna, uma pessoa que independentemente do lado que estivesse seria um grande personagem na história da maior das guerras.
Adriano Almeida
Direção: Henry Hathaway
Elenco: James Mason, Desmond Young, Leo G. Carroll, Jessica Tandy
País: Estados Unidos
Ano: 1951
Duração: 88 minutos
Língua: Inglês
Nota IMDb: 7,1
Cores: Preto e branco
Trailer
**********************
A História de Erwin Rommel
Considerado um dos mais brilhantes estrategistas da história militar da Alemanha (talvez do mundo), Erwin Rommel era também um homem de bom senso, um patriota e um cavalheiro. Pelo menos é isso que mostra o filme Raposa do Deserto, que narra um trecho da vida dessa ilustre figura da história mundial.
O filme começa com uma apresentação do personagem que será o narrador: o Tenente Coronel Desmond Young, que na vida real foi o autor da biografia de Rommel, que foi adaptada como roteiro por Nunnaly Johnson. Logo de início, há uma surpresa desagradável para os desavisados: o filme é em inglês. Isso é um fator que soma pontos negativos, pois sempre surgem aquelas cenas em que alemães e britânicos se encontram e trocam palavras como se não houvesse uma língua e uma cultura entre eles.
Afora esse detalhe, no todo o filme é muito bom. Além de retratar a postura nobre e a capacidade estratégica da “Raposa do Deserto”, concentra-se naquela que talvez tenha sido a mais decisiva campanha de sua vida: o plano para matar Hitler. A história desse plano e suas conseqüências já foram contadas em vários filmes, entre eles um batizado em português de Operação Valquíria, longa alemão (muito bem) produzido para a TV em 2004, cujo nome original é Stauffenberg, numa alusão ao nome do oficial que plantou a bomba na casamata de Hitler. Essa fita com certeza é a base do novo Operação Valquíria, com Tom Cruise.
Mas, voltando para Raposa do Deserto, ele explora o conflito ideológico enfrentado pelo marechal-de-campo alemão: cumprir seu dever de soldado e enfrentar a destruição ou pensar no bem da Alemanha como um todo e envolver-se numa traição. A história é muito bem contada ao estilo dos anos 1950, costurando imagens novas e registros reais da guerra no deserto norte-africano. Como na maioria dos filmes antigos, algumas montagens são constrangedoras e algumas atuações também (veja-se o Hitler). No elenco, há atores do nível de Jessica Tandy (Tomates Verdes Fritos, Cocoon e Conduzindo Miss Daisy) e vale também notar a presença do biógrafo Desmond Young como ele mesmo.
Mas James Mason (1909–1984) rouba a cena e empresta ao papel principal uma dignidade impressionante, fazendo o público praticamente esquecer que está vendo um ator britânico, e não alemão, na tela. Mason, aliás, estrelou clássicos como Lolita, Cyrano de Begerac e Madame Bovary. Em 1953, aceitou repetir o papel de Rommel no ótimo Ratos do Deserto, que conta a história das tropas australianas que demonstraram grande bravura contra os alemães no Cerco de Tobruk, na Líbia, em 1941. Mas essa já é outra história do marechal-de-campo Erwin Johannes Eugen Rommel.
Heber Costa
*****************************
Bravo e destemido
No jogo de xadrez das campanhas de guerra, sempre os melhores homens conseguem sobressair: alguns pela sua perspicácia, outros pela sua coragem, muitos pela lealdade e companheirismo, porém poucos conseguem reunir todos esses pré-requisitos e, quando conseguem, marcam o sue nome na história das grandes batalhas. Um deles sem dúvida é Erwin Johannes Eugen Rommel.
Temido pelos seus adversários e venerado pelos seus comandados Rommel tornou a campanha no norte da África — durante a Segunda Guerra Mundial — em um campo de extrema estratégia e de uma disputa até hoje jamais vista. Armado com uma astúcia invejável e um senso de ataque que causava invídia, o marechal-de-campo levou o Afrika Korps a ser conhecido mundialmente. Apesar de toda a sua competência, a campanha no norte da África acabou não sendo vitoriosa. Inúmeros foram os motivos que levaram a tal fato — desde a falta de apoio logístico até a escassez de combatentes —, e isso fez com que Rommel voltasse para a Europa a pedido de Hitler para coordenar as defesas na França, Holanda, Bélgica e Dinamarca contra uma possível invasão aliada.
Um dos melhores relatos sobre a trajetória de Rommel é o filme Raposa do Deserto, titulo que faz alusão ao apelido que o major recebeu durante a campanha da África. O filme traz um relato marcante sobra a sua vida militar, abordando os problemas durante a campanha do Afrika Korps, passando pela conspiração contra o Führer, e chegando à sua morte — vale lembrar que após ser ferido na invasão da Normandia, Rommel foi hospitalizado e ali mesmo recebeu a noticia de que deveria decidir se iria ser julgado e provavelmente condenado junto com seus familiares ou optaria por ingerir veneno para suicidar-se, a opção escolhida foi a segunda.
Sem dúvida alguma naquele momento o mundo perderia uma das mais celebres mentes da guerra moderna, uma pessoa que independentemente do lado que estivesse seria um grande personagem na história da maior das guerras.
Adriano Almeida
6 comentários:
Esse homem colocou Napoleaõ e muitos outros no bolso, acho que muitos estrategeistas deveriam aprender com ele; grande homem amava o que fazia.
De fato. Um dos poucos que conseguiu emprestar alguma dignidade à guerra sem perder a competência no que fazia.
Nem quero imaginar se adolfo hitler tivesse a mesma inteligencia que rommel.
Se Hitler tivesse enviado Rommel a Rússia em lugar de Von Paulus ou tivesse tido, em meio aos seus devaneios pisicóticos, o lampejo de apoiar a Raposa do Deserto em sua campanha no Norte da África para depois invadir a Rússia, a história teria sido diferente. Mas graças a Deus existia um "maluco" no meio do caminho.
Se Rommel estivesse no lugar de Hitler, com certeza a guerra teria outra História...grande militar!
SE ROMMEL ESTIVESSE NO LUGAR DE HITLER NAO AVERIA GUERRA
Postar um comentário